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Reencarnação

terça-feira, 13 de agosto de 2013 |

Reencarnação é uma ideia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma. A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Hinduísmo (já pregava esse conceito 5 mil anos antes de cristo), do Jainismo, do Taoísmo, do Culto de Tradição aos Orixás (Òrìsà) (já difundia esse conceito 5 mil anos antes de Cristo), do Rosacrucianismo, do Espiritismo, da Teosofia, da filosofia platônica, etc. Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico, que também admitem a reencarnação. Há referência recentes a conceitos que poderiam lembrar a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito Antigo, religiões indígenas, entre outras. A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é frequente em filmes de Hollywood. É comum no Ocidente a ideia de que o Budismo também pregue a reencarnação, supostamente porque o Budismo tenha se originado como uma religião independente do Hinduísmo. 

No entanto essa noção tem sido contestada por fontes budistas; para mais detalhes veja renascimento. Origens A crença na reencarnação tem suas origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a ideia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que: Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte; As almas podem ser transferidas de um organismo para outro. Segundo Diodoro Sículo, Pitágoras se lembrava de ter sido Euforbo, filho de Panto, que foi morto por Menelau na Guerra de Troia.1 Entre as tentativas de dar uma base "científica" a essa crença, destaca-se o trabalho do psiquiatra Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, que recolheu dados sobre mais de 3000 casos em todo o mundo que evidenciariam a reencarnação. Os resultados foram bem expressivos2 . Segundo os dados levantados pelo Dr. Stevenson, os relatos de vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do cérebro. Uma constante aparece na proximidade familiar, embora haja casos sem nenhum relacionamento étnico ou cultural. Mortes na infância, de forma violenta, aparentam ser mais relatadas. 

A repressão para proteger a criança ou a ignorância do assunto faz com que sinais que indiquem um caso suspeito normalmente sejam esquecidos ou escondidos. Influências comportamentais como fragmentos de algum idioma, fobias, depressões, talentos precoces (como em crianças prodígio), etc, podem surgir, porém a associação peremptória desses fenômenos com encarnações passadas continua a carecer de fundamentação científica consistente. Dentre os trabalhos desenvolvidos por Dr. Stevenson sobre a reencarnação, destaca-se as obras "Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação" e "Reencarnação e Biologia: Uma Contribuição à Etiologia das Marcas de Nascença e Defeitos de Nascença". A transmigração das almas ou metempsicose é uma teoria diferente da reencarnação, seguida por alguns adeptos de ensinamentos orientais, que propõe que o homem pode reencarnar de modo não-progressivo em animais, plantas ou minerais.Esse conceito é muitas vezes entendido literalmente, mas muitas tradições orientais entendem esse conceito miticamente, ou seja, significa que quem vive de forma primitiva, satisfazendo apenas seus desejos primitivos pode estar em uma reencarnação como animal mesmo em uma forma e corpo humano.Diversos estudiosos espíritas e espiritualistas defendem que, durante os seis primeiros séculos de nossa era, a reencarnação era um conceito admitido por muitos cristãos. De acordo com eles, numerosos Padres da Igreja ensinaram essa doutrina e apenas após o Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita na prática da igreja, apesar de tal decisão não ter constado dos anais do Concílio. Afirmam ainda que Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, defendeu a ideia da reencarnação,3 além dos escritos de Gregório de Nisa (um bispo da igreja cristã no século IV) entre outros. Entretanto, tais afirmativas carecem de fundamentação histórico-documental. Por isso, os teólogos cristãos não só se opõem à teoria da reencarnação, como, também, à ideia de que ela era admitida pelos cristãos primitivos. Argumentam que não há referências na Bíblia, nem citações de outros Padres da Igreja, e que as próprias afirmações de Orígenes e de Gregório de Nisa aduzidas pelos estudiosos espíritas e de outras crenças espiritualistas, não são por aqueles citadas senão para as refutarem. Por outro lado, com base na análise da atas conciliares do Concílio de Constantinopla, constatam que os que ali se reuniram sequer citaram a doutrina da reencarnação - fosse para a afirmar ou para a rejeitar. Contra a reencarnação ainda cita-se Hebreus 9:27, o episódio dos dois ladrões na cruz em 23 39:44, a parábola do rico e Lázaro e Jó 10:21. Passagens do Novo Testamento, como Mateus 11:12-15, Mateus 16:13-17 e Mateus 17:10-13, Marcos 6:14-15, Lucas 9:7-9 e João 3:1-12 são citados por espiritualistas como evidência de que Jesus teria explicitamente anunciado a reencarnação. Tanto a Igreja Católica como os protestantes em geral denunciam a crença na reencarnação como herética. O cristianismo esotérico, por outro lado, admite e endossa abertamente a reencarnação - que é, inclusive, um dos pilares de sua doutrina. As teses reencarnacionistas, portanto, independentemente de serem corretas ou não, não encontram apoio na tradição judaico-cristã, cuja ortodoxia doutrinária as considera, na verdade, importações de outras tradições, tal como o hinduísmo e o budismo. Existem provas históricas de que a doutrina da reencarnação contava com adeptos no antigo judaísmo, embora somente após escrita do Talmud - não há referências a ela neste livro, tampouco se conhecem alusões em escrituras prévias. A ideia da reencarnação, chamada gilgul, tornou-se comum na crença popular, como pode ser constatado na literatura iídiche entre os judeus ashkenazi. Entre poucos cabalistas, prosperou a crença de que algumas almas humanas poderiam reencarnar em corpos não-humanos. Essas ideias foram encontradas em diversas obras cabalísticas do século XIII, assim como entre muitos escritos místicos do século XVI. A coleção de histórias de Martin Buber sobre a vida de Baal Shem Tov inclui várias que se referem a pessoas reencarnando em sucessivas vidas. O espiritismo é o maior divulgador da doutrina da reencarnação no Brasil e na maioria dos países ocidentais. O espiritismo crê que a reencarnação é um processo obrigatório até o espírito não precisar mais reencarnar, isso se dá quando ele se torna um espírito puro. A reencarnação, na visão espírita, é uma oportunidade do espírito se aperfeiçoar, intelectualmente, através do trabalho, e moralmente, através da constante busca do espírito pela felicidade eterna. Assim, a reencarnação é vista como uma bênção pelo espírito, pois é uma oportunidade de progresso. Além de trabalhar para o seu desenvolvimento, o espírito quando reencarna, também vêm expiar faltas que cometeu em encarnações anteriores. Por exemplo, um assassino em série poderá reencarnar sem os braços e sem as pernas, para que aprenda a amar mais o seu próximo, pois nessa condição precisaria constantemente dos outros; ou por exemplo, uma mãe que menosprezou seu filho, poderia reencarnar em uma família que a menosprezasse, compelindo-a a repensar seus atos. Cada reencarnação é minuciosamente planejada pelos espíritos superiores, para dar a máxima oportunidade do espírito reencarnante de se desenvolver, e obter o máximo de proveito de sua encarnação. Para o espiritismo, a reencarnação é uma prova da justiça de Deus, que dá infinitas oportunidades para o espírito se aperfeiçoar, ao invés de mandá-lo para o céu ou o inferno eterno por que simplesmente nasceu em uma família que não lhe deu a devida educação para os serviços cristãos. Segundo essa mesma doutrina, se o espírito se entrega a corrupção dos valores cristãos, ele terá infinitas oportunidades de se aperfeiçoar, podendo pagar pelos crimes que cometeu em suas próximas reencarnações. A crença na sobrevivência da consciência após a morte é comum e tem-se mantido por toda a história da humanidade. Quase todas as civilizações na história tem tido um sistema de crença relativo à vida após a morte. Cientificamente, entretanto, inexiste qualquer fato que prove ou refute a hipótese. As investigações científicas sobre a reencarnação acontecem de forma relativamente ampla desde o século XIX,e constituem um ramo da Parapsicologia . Apesar de muitas pesquisas sobre reencarnação concluírem resultados positivos a teoria , até o momento não se conhece nenhum processo físico testável pelo qual uma personalidade pudesse sobreviver à morte e se deslocar para outro corpo. De modo que cientistas defensores da teoria reencarcionista, como Ian Stevenson e Brian Weiss, reconhecem tal limitação e atribuem a possível existência de tais fenômenos a processos até o momento não provados através do método científico[carece de fontes]. 

A ciência, em geral, não se presta a provar ou não a reencarnação ou a ressurreição. Isto porque o aspecto subjetivo que sustenta as ideias da ressurreição e da reencarnação dificulta eventuais demonstrações científicas, fazendo tais ideias aportarem então no âmbito da fé e da crença, o que não significa necessariamente qualquer falta de mérito de qualquer uma delas, senão que se limitam ao campo da fé e da experiência individual. Por mais evidentes que possam parecer determinados relatos, cientificamente, sob os atuais domínios do conhecimento científico estrito, não estão provados. A partir da década de 1970, pesquisas como a do Dr. Raymond Moody e a da Dra. Elizabeth Kubler-Ross, principalmente após a publicação dos best sellers Vida Depois da Vida e Sobre a Morte e o Morrer, respectivamente, levaram ao início de uma corrente de pesquisas científicas em todo o mundo sobre o fenômeno. Mesmo com tanto interesse e a presença de numerosos relatos anedóticos, ainda não há qualquer comprovação científica sobre as experiências de quase-morte. Entre os cientistas que pesquisam o assunto, há os que interpretam as experiências como reações do cérebro e há os que interpretam tais experiências como prova de que a consciência não é produzida pelo cérebro e de que existe vida após a morte. Muitos pesquisadores materialistas, como a psicóloga Susan Blackmore e o anestesiologista Lakhmir Chawla defendem a teoria de que as EQMs são alucinações complexas causadas pela falta de oxigênio no cérebro durante a etapa final do processo de morte8 . Mas muitos outros pesquisadores de experiências de quase-morte, como os médicos psiquiatras Raymond Moody e Bruce Greyson, discordam das teorias materialistas e defendem teorias que interpretam as experiências como prova de que a consciência não é produzida pelo cérebro e de que existe vida após a morte, devido principalmente ao argumento de que muitas pessoas demonstram percepções extrassensoriais com precisão em seus relatos de EQM9 (como por exemplo o famoso caso de EQM da cantora Pam Reynolds Há, por exemplo, uma pesquisa efetuada mundialmente pelo falecido professor de psiquiatria canadense da Universidade de Virginia Ian Stevenson, desde os anos 1960, com dados de mais de 3.000 casos investigados que sustentariam a reencarnação. O médico psiquiatra Jim Tucker continua o trabalho de Stevenson relacionado ao tema. Com o mesmo método de pesquisa de Ian Stevenson sobre reencarnação, um outro grande pesquisador e defensor do tema foi o engenheiro e parapsicólogo espírita Hernani Guimarães Andrade, como pode ser constatado por exemplo em seus livros "Reencarnação no Brasil" (1988) e "Renasceu por Amor" (1995). Inclusive, os arquivos de Stevenson sobre reencarnação abrigam casos brasileiros estudados inicialmente pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), fundado por Andrade14 . Note-se que ao relacionar o Perispírito com os relatos de crença de que o corpo físico de alguém apresentaria marcas "explicáveis" por acontecimentos ocorridos em vidas passadas, veremos que os casos relatados representam fielmente a Doutrina espírita sistematizada cientificamente por Allan Kardec.


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